segunda-feira, 7 de junho de 2010

GRUPO A - ÁFRICA DO SUL, FRANÇA, MÉXICO, URUGUAI

ÁFRICA DO SUL



Carlos Alberto Parreira é o treinador. Aliás, logo em sua primeira entrevista coletiva Parreira fez questão de lembrar que hoje a África do Sul tem apenas um jogador atuando regularmente em uma liga importante da Europa - Steven Pienaar, do Everton, na Inglaterra.
Piennar é um bom meia, mas não é craque, muito menos mágico. Em um time com qualidade, pode funcionar muito bem, mas na África do Sul de hoje acaba perdido diante das deficiências técnicas de seus companheiros. Para tentar resolver lá na frente, Parreira trouxe de volta o atacante Benni McCarthy, maior artilheiro da história da seleção, que estava afastado por indisciplina e que ainda está longe da forma ideal. Outro bom nome do time é Teko Modise, meia veloz, driblador, habilidoso, mas que sofre do mesmo bloqueio de seus companheiros quando está de frente para o gol.
Parreira ao menos terá bastante tempo de trabalho no ano que vem. Vai ao Brasil, à Alemanha, terá um calendário privilegiado. E ele vai mesmo precisar, porque sabe do longo caminho que tem para transformar os Bafana Bafana em uma equipe realmente competitiva. Para não se tornar o primeiro anfitrião de Copa do Mundo na história a não passar da primeira fase, a África do Sul tem que melhorar muito.
A África do Sul é a 86ª colocada do ranking da Fifa. Assim, é a seleção com a pior colocação das 32 classificadas para a Copa do Mundo. A Coreia do Norte é a 84ª.

FRANÇA



Apesar de ser o atual vice-campeão mundial, pode-se dizer que o técnic
o Raymond Domenech nunca viveu um caso de amor com a França. O treinador, inclusive, chega à sua segunda Copa do Mundo no auge do desgaste com a torcida. A péssima campanha na Eurocopa e a classificação para a África do Sul apenas na prorrogação da repescagem graças a um gol após toque de Henry deixaram exposta a desconfiança de um cada vez mais reticente povo francês.
Da geração de 2006, quatro permaneceram entre os titulares: Gallas, Abidal, Ribéry e Henry. Houve a renovação tão pedida pelos críticos, mas os Bleus seguem ainda sem convencer dentro de campo. Além do craque do Bayern de Munique, muitos apostam as fichas na afirmação de Yoann Gourcuff, meia de 23 anos do Bordeaux. Benzema, outro jovem, é preterido no ataque por Anelka, que vive boa fase.
A campanha da França em 2010 ainda é uma incógnita, mas a dificuldade com que tem obtido alguns resultados mostram que a seleção está mais próxima da decepção de 2002 do que da surpresa em 2006. Mesmo com relativa qualidade à disposição.

MÉXICO



O México já viveu dias melhores no futebol. Se, no passado, a seleção dominava as disputas da Concacaf, o país viu os EUA crescerem e subirem de produção, tendo inclusive chegado à final da Copa das Confederações neste ano. Com uma equipe sem muitas referências, os mexicanos vão à Copa do Mundo tentando surpreender.
Nas eliminatórias, o México começou vacilante, sob o comando de Sven Goran-Eriksson. Depois da demissão do sueco e com Javier Aguirre como técnico, o time engrenou e conseguiu a classificação sem maiores sustos. Em 18 jogos, foram 11 vitórias, cinco derrotas e dois empates.
O craque do time está no gol. O jovem Ochoa é o destaque, dando segurança e tranquilidade sob as traves. No ataque, a seleção mexicana ainda depende do veterano Cuauhtémoc Blanco, de 36 anos. A aposta está em Giovani dos Santos, ex-Barcelona e de origem brasileira.
México possui 13 participações em Copa do Mundo.

URUGUAI



Desde o quarto lugar em 1970 que o torcedor do Uruguai não consegue comemorar uma boa campanha de sua equipe em Copas do Mundo. Bicampeã mundial, a Celeste passou a viver das glórias passadas e não monta um time competitivo há algum tempo. Nas eliminatórias para a África do Sul, a seleção uruguaia teve problemas, enfrentou a desconfiança da torcida e só conseguiu a classificação após um suado 1 a 1 contra a Costa Rica, em pleno estádio Centenário, na repescagem.
A campanha nas eliminatórias não foi das mais animadoras. Em 18 jogos, foram seis vitórias, seis empates e seis derrotas, além das duas partidas da repescagem contra os costarriquenhos (1 a 0 fora de casa e 1 a 1 em Montevidéu). O técnico Oscar Tabárez enfrenta as críticas dos torcedores, mas dificilmente será substituído até a Copa.
No papel, porém, o Uruguai tem um time de qualidade, com jogadores rodados e festejados em todo o mundo. É o caso do artilheiro Diego Forlán, do Atlético de Madri. O problema é que o jogador, que recebeu duas vezes chuteira de ouro como maior goleador da Europa, não consegue repetir na seleção as atuações que tem clube madrilenho. Além dele, o atacante Luis Suárez preza de algum prestígio junto à torcida, mas não atravessa boa fase. No banco, Sebástian ‘El Loco’ Abreu costuma entrar e fazer alguns gols, como o do empate contra a Costa Rica.

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